sábado, julho 31, 2004

Embolada

Gênero musical que teve origem no Nordeste brasileiro, aparecendo mais freq�entemente na zona litor�nea e mais raramente na zona rural, suas caracter�sticas principais incluem uma melodia mais ou menos declamat�ria, em valores r�pidos e intervalos curtos. O gênero � simples e não possuiu qualquer composi�ão preestabelecida, quanto ao n�mero e disposi�ão dos versos. Um estribilho � repetido, num intervalo maior ou menor por um dos cantadores, enquanto o outro improvisa. A letra � geralmente cômica, sat�rica ou descritiva. O texto, com freq�ência, � alterado com alitera�ões e onomatop�ias. A dic�ão, por vezes complicada, torna-se mais dif�cil devido a rapidez com que os versos muitas vezes são improvisados. (...) Nas feiras nordestinas uma das principais atra�ões � o encontro de dois emboladores, empunhando o pandeiro ou o ganz�, um instrumento de flandre, cheio de caro�os de chumbo. Entre os principais emboladores, destaca-se a figura do alagoano Tira-Teima. Com o advento do r�dio e especialmente a partir da invasão da m�sica nordestina nos anos 40, destacaram-se diversos artistas cultores do gênero. Um dos principais nomes do gênero foi o pernambucano Manezinho Ara�jo, que fez grande sucesso nos anos 40 e 50 com suas emboladas, com destaque para "Veja como o coco � bom", "As metraia dos nav�", "Quando a rima me fart�" e "Cuma � o nome dele", entre outras composi�ões. Mais recentemente destacaram-se na embolada as duplas Caj� e Castanha e Terezinha e Lindalva, essa �ltima apresentando-se no Rio de Janeiro, principalmente no Largo da Carioca.


Fonte: Dicion�rio Cravo Albin da M�sica Popular Brasileira

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