terça-feira, julho 06, 2004



Caminho ignorando espa�os, limites, olho para o chão, vejo folhas velhas, flores que j� foram vi�osas, coloridas, transmitiram alegria para quem as olhasse. Vejo folhas que apodrecem misturadas a mil objetos que j� não são mais o que foram. Nada vejo ao meu redor. Sons, risos, um grupo de saltimbancos fazem estripulias. Mexem com passantes, mexem com o mendigo sentado no banco comendo um lanche que se parece com o emaranhado de coisas no chão. H� muito foi feito. Cantam, tocam violino e flauta. O som se mistura aos meus pensamentos. Não h� motivo para risos, para alegrias. O momento, o hoje, o agora não �. Vivo este momento aqui junto com as folhas que apodrecem como meus pensamentos. Penso que um dia estarei como elas. Penso que o momento � agora. Não precisaria mais pensar nem me preocupar com nada. O som do violino aparece como uma can�ão final. Como homenagem. Como um adeus.

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