quarta-feira, agosto 09, 2023
Martha Medeiros
domingo, julho 09, 2023
Cecília Meireles
Não sei que tempo faz, nem se é noite ou se é dia.
Não sinto onde é que estou, nem se estou. Não sei de nada.
Nem de ódio, nem amor. Tédio? Melancolia.
-Existência parada. Existência acabada.
Nem se pode saber do que outrora existia.
A cegueira no olhar. Toda a noite calada
no ouvido. Presa a voz. Gesto vão. Boca fria.
A alma, um deserto branco: -o luar triste na geada...
Silêncio. Eternidade. Infinito. Segredo.
Onde, as almas irmãs? Onde, Deus? Que degredo!
Ninguém.... O ermo atrás do ermo: - é a paisagem daqui.
Tudo opaco... E sem luz... E sem treva... O ar absorto...
Tudo em paz... Tudo só... Tudo irreal... Tudo morto...
Por que foi que eu morri? Quando foi que eu morri?
sexta-feira, julho 07, 2023
Volta Meg: Filmes imperdíveis
terça-feira, julho 04, 2023
Filmes imperdíveis
quinta-feira, junho 29, 2023
A Barata
quarta-feira, junho 28, 2023
Volta Meg: CINEMA - Filmes imperdíveis
sexta-feira, junho 16, 2023
CINEMA - Filmes imperdíveis
sábado, junho 10, 2023
Cada vez mais o cinema do passado corre o risco de desaparecer. Por quê?
Numa entrevista recente, o diretor Steven Spielberg disse que se arrependeu de alterar cenas de E.T.: O Extraterrestre (1982) para o relançamento do filme em 2002. O incomodavam as cenas nas quais agentes do FBI apontam armas de fogo para crianças. Ele decidiu trocar digitalmente as armas de fogo por rádios, para remover o peso que ele via nas cenas em questão.
Anos depois ele diz se arrepender, argumentando que o filme era um produto de seu tempo, e deveria ser tratado como tal. O diretor ainda expandiu o argumento de que nenhum filme ou livro deveria ser revisado, de maneira voluntária ou forçada, para supostamente agradar o público atual, posicionando-se contra a censura desse tipo.
Mas do que exatamente ele está falando? Muitas vezes, o público desavisado nem percebe essas alterações. Estas mostram mudanças profundas no consumo de filmes e livros, tanto nos âmbitos tecnológico e mercadológico, quanto o cultural.
Spielberg menciona que "...ninguém deve tirar o chocolate da Fantástica Fábrica de Chocolate…". Ele se refere a como edições recentes de livros de Roald Dahl (A Fantástica Fábrica de Chocolates, As Bruxas, Matilda), têm sido revisadas, e em boa medida re-escritas, para "não ofender" e garantir a "relevância". Outro importante autor de literatura infantil, Dr. Seuss, tem sido revisto com a mesma intenção.
Esta é uma infeliz tendência dos "guardiões" da cultura; os editores, produtores e promotores culturais que intermediam a produção dos artistas de fato (vivos ou mortos) e nós, o público. Cada vez mais o olhar do presente, carregado de todas as tendência politicamente corretas e interesses políticos do dia, combinados ao desrespeito e arrogância que os "iluminados" de hoje têm em relação às obras que nos foram legadas, distorcem nosso olhar sobre a produção cultural de ontem e de hoje. Com crescente frequência, suas intervenções se tornam mais profundas e silenciosas. Auxiliados pela tecnologia de hoje, muitas das mudanças podem ser realizadas sem que o grande público possa se opor ou se quer perceber. Mas como?
Esta matéria é muito interessante e você pode ler na íntegra neste endereço:
https://www.brasilparalelo.com.br/noticias/julgando-o-cinema-do-passado?src=995b0fa81bf5463e801af6aaa01efd1d&gclid=CjwKCAjwvpCkBhB4EiwAujULMnRYeHSgsKhNbOJcz6pa9ZtaBPewoqa8IpoVrpI4rOT709SKeZirZhoCPz4QAvD_BwE