sexta-feira, março 23, 2007

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ÁGUA

Pois é, as vezes eu sumo... Mas ontem recebi vários emails e recados no Orkut me cumprimentando pelo dia da Água. Nem sabia que tinha o dia dela. Uma coisa tão comum, tão presente no nosso dia-a-dia. Fiquei pensando se isso não seria invenção da SABESP e tinha até pensado em escrever um texto sobre fatos que de certa forma me ligaram à água. Ia contar, por exemplo, de como fiquei preso no meio de uma grande enchente. Era férias, domingo lindo de sol, familia reunida após o almoço pra tomar sorvete em Ilha Bela, afinal estávamos do outro lado (São Sebastião) e era só pegar a balsa. Tudo muito gostoso, mas as nuvens resolveram se unir e descer até nós. Parecia uma amostra do dilúvio, só que ninguem tinha trazido a arca. Pra quem não conhece a saida da balsa, já no continente, é assim: uma via estreita de mão única sem saídas. Única coisa a fazer é ir pra frente. Só que no final dela estava tudo alagado, mas a fila não podia parar. Na época eu tinha um Gol, daquele modelo antigo, quadradão, que parava de andar ao primeiro trovão. Ele odiava água. Era a álcool. Bravamente enfrentei o perigo e consegui avançar... uns vinte metros e me juntei aos outros motoristas, todos com água até as canelas, empurrando carro e família, em busca de um lugar seco. Ainda bem que motorista, pelo menos naquela época, eram solidários. Essa foi uma ligação muito grande entre eu e a água.
Ia também contar de outro episódio da minha vida onde a água também foi figura marcante. Desta vez, mais precisamente a falta dela. Era Janeiro, também férias. Também Litoral Norte, mas desta vez era Ubatuba. Calor escaldante, cidade com dez vezes a população normal e o reservatório de água com dez vezes menos, pois não chovia (incrível, pois Ubatuba, também conhecida como Ubachuva, é um dos lugares que mais chove neste Estado. Principalmente nas férias. Principalmente quando eu estou lá). Estava numa pousada e não tinha uma gota d'água. Comprávamos garrafas de água mineral no mercado para beber e jogar no corpo, já que banho, só no mar. A pousada estava cheia e nos reunimos para pedir aos donos que pedissem um caminhão, pelo menos para os banhos ou iríamos embora. Para nossa surpresa a resposta que tivemos foi que era mais barato perder os hóspedes que comprar um caminhão de água. Seis horas depois estava no meu apartamento, embaixo do chuveiro, me esbaldando. Nunca mais voltei pra Ubatuba.

Essas eram duas histórias que iria contar ontem, em homenagem ao Dia da Água, mas como não deu, fica para o próximo ano.

Hoje é sexta-feira. É o dia de outra água. Aquela que passarinho não bebe. Hoje é dia de Bavaria, Bohemia, Skol, Sol, Kaiser, Heiknen, Brahma, Antáctica e outras.

Receita para evitar a ressaca: Nunca pare de beber!

NOTAS
Erika e Guto - Tchim Tchim.
Eliane - É assim: Se vc é o dono da casa, a garrafa está meia vazia. Se vc é a visita, ela está meia cheia. Rssss
Aju - Obrigado pela visita e pode me esperar lá.
Jack - Já estava virando amigo da cobra.
Erika e Eliane - As vezes eu sumo. rssss

Alí do lado, nos vídeos, se vc gosta de tangos, veja como se dança, com Al Pacino em Perfume de Mulher.
E relembre Vandre com uma música que entrou pra história.

Bom fim de semana a todos!

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