Memória
Nossa memória é como se fosse um chip onde são gravados todos os instantes de nossas vidas, segundo a segundo. Tudo o que vivemos está lá e pode ser consultado a qualquer momento. Claro que isso não é completamente verdadeiro. Tudo está lá, mas nem tudo podemos alcançar. Deve haver uma divisão para coisas banais e coisas mais importantes, entretanto coisas banais viram importantes quando são ligadas a algum fato, algum acontecimento marcante. Com toda certeza você sempre se lembrará exatamente o que fazia ou onde estava quando soube da morte de Michael Jackson. Eu por exemplo lembro-me da morte de Kennedy. Eu estava na Rua Martins Fontes, no centro de Sampa, em frente ao prédio onde funcionava a Secretária do Trabalho, conversando com uma amiga (Antonia) que encontrei e que não via há muito tempo. Isso aconteceu em Novembro de 1963. Soube da morte de Elis numa perfumaria da Rua Augusta; de Vinicius num taxi quando voltava do teatro; de Lennon, em casa tomando café antes de sair para o trabalho; dos atentados no WTC, em casa sozinho (filha na escola e esposa hospitalizada).
E você, quais fatos estão em destaque no seu “chip”?